Planejamento


O planejamento é um processo bastante dinâmico vinculado com determinada realidade, que se processa por meio de pesquisas, estudos, questionamentos, construção de diagnósticos e análises de decisões acerca do que fazer, como fazer, porque fazer e de quem deve fazer. À grosso modo, é a tomada antecipada de decisões para um caminho viável e coerente com a situação trabalhada.

Tende a reduzir a incerteza envolvida no processo decisório, e conseqüentemente, provocar o aumento da probabilidade de alcance dos objetivos e desafios estabelecidos, com vista à futuridade das decisões para o melhor desenvolvimento da organização.

As seguintes características permeiam todo o processo de planejamento (referentes às exposições de Jorge Miglioli e Mário M. Pera):

Futuro: tomam-se decisões no presente, com o intuito de trazer os resultados mais eficazes possíveis no futuro.
Sujeito: quem intervém no processo de planificação (pessoa ou conjunto de pessoas, órgãos, organizações, etc).
Objeto: a realidade que será submetida à ação do sujeito no âmbito de atuação.
Objetivo: visa a objetivos determinados que expressam resultados formulados e previstos pelo sujeito.
Estratégias: caminhos que orientam as ações com objetivo de bons resultados.
Meios: envolve a necessidade de aplicação de meios ou recursos para sua viabilização e implementação.
Decisão: exige disposição consciente e determinada para efetuar o planejamento.
Eficácia: busca a maior eficácia possível para os objetivos pretendidos, usando para tanto conhecimentos e criatividade.
Ação: desenvolve-se ao longo de uma seqüência de ações lógicas e empreendidas de modo organizado.
Tempo: a duração dos planos pode ser programada em termos de prazo.

Quando se relaciona diretamente com as organizações, outras características ou dimensões também poderão ser levadas em consideração:

Abrangência: envolvimento da organização como um todo.
Integração: integração de todos os setores organizacionais.
Temporalidade: orientar-se para o futuro, assumindo um caráter de longo prazo.
Processo: deve ocorrer mediante uma sucessão de fases interconectadas e contínuas.
Flexibilidade: deve ser flexível para se adaptar às constantes mudanças do ambiente organizacional.
Filosofia: deve pautar-se por princípios orientadores que direcionem suas atividades dentro de um clima favorável para sua operacionalização.

Planejamento organizacional
É aquele que integra e envolve todo o conjunto de unidades interdependentes da organização, facilitando e unificando as suas tomadas de decisões. É dividido, então, ao âmbito e aos níveis hierárquicos das organizações em planejamento estratégico, tático e operacional.

Planejamento estratégico
Busca as melhores formas para gerenciar as ações e decisões estratégicas que envolvem as organizações como um todo, caracterizando-se como de longo prazo.

Planejamento tático
Busca dar respostas às demandas mais imediatas, por meio de ações administrativas e técnicas eficientes. Restringe-se a certos setores ou áreas da organização, caracterizando-se como de curto prazo.

Planejamento operacional
Busca o controle de toda a execução e procura corrigir os desvios em relação às propostas sugeridas. Permite então visualizar as ações futuras num contexto operacional em termos de hierarquia funcional.

Esses três tipos de planejamento coexistem e são interdependentes nas organizações. Todos são necessários e se complementam.



Principais princípios no processo de planejamento

Eficiência: fazer bem feito, de maneira adequada, com redução de custos, desempenho competente e rendimento técnico.
Eficácia: liga-se a resultados, em função dos quais é preciso escolher alternativas e ações corretas, usando para tanto conhecimento e criatividade para fazer o que é mais viável e certo.
Efetividade: relaciona-se com a permanência no ambiente e a perenidade no tempo, no contexto da obtenção dos objetivos globais.

As fases do processo de planejar

Inicialmente, faz-se a identificação da realidade situacional. Tal situação trata-se de uma decisão, de uma necessidade ou um problema? Um levantamento de informações fornecerá os dados que, devidamente analisados, levarão à construção de um diagnóstico correto da realidade que estará sendo objeto de um planejamento. A identificação dos públicos que serão atingidos, como se caracterizam, quais as suas reações, são questões chaves do planejamento. Devem-se determinar os objetivos, ou seja, os resultados que pleiteamos alcançar. A diferenciação entre metas e objetivos é que as metas são fases intermediárias para a conquista de um objetivo, em datas pré-estabelecidas. Os objetivos são situações ou resultados desejados. A adoção de estratégias é o estabelecimento da melhor maneira de alcançarem objetivos. Devem-se prever também formas alternativas de ações que podem ser utilizadas em casos inesperados (plano B). Definidas as estratégias e ações, é preciso fazer a definição de recursos alocados para a realização das ações sugeridas. Existem três tipos de recursos: materiais, humanos e financeiros. Antes de se por o planejamento em prática, ainda é preciso fixar a técnica de controle que permite verificar e corrigir possíveis desvios em tempo hábil. Só então se procede a implantação do planejamento, colocando-se em prática o que foi planejado. A avaliação dos resultados fecha o conjunto das principais fases. Embora seja colocada em última análise, deve acompanhar todo o processo do planejamento. Por meio da avaliação é possível comparar os resultados obtidos com o que foi planejado e organizado.

0 comentários:

Postar um comentário