A comunicação nas organizações

A comunicação é um elemento vital dentro das funções administrativas, interligando todos os elementos integrantes de uma organização, informando-os e sendo informados ininterruptamente, além de ser fundamental para o relacionamento das organizações com o meio externo.

Toda organização precisa de um processo comunicacional interno sintonizado com o sistema social mais amplo, o que propicia um equilíbrio e mecanismos de crescimento organizacional. A troca de informações entre os diversos sistemas permite ao processo comunicacional estruturar as convenientes ligações entre um microssistema interno e o macrossistema social, estudar a concorrência e analisar as pressões do meio ambiente, gerando as condições para o aperfeiçoamento organizacional.

Um dos elementos relevantes na gestão do processo comunicativo nas organizações são as barreiras, que podem ser gerais ou especificamente aplicadas à comunicação organizacional. Esta primeira pode ser dividida em barreiras mecânicas (ou físicas), fisiológicas, semânticas e psicológicas.

As barreiras gerais mecânicas são quando a comunicação pode ser bloqueada por fatores físicos, como barulhos que interfiram na transmissão de informações, ambientes e equipamentos inadequados para a comunicação ou problemas com aparelhos de transmissão. Já as barreiras fisiológicas se dão em problemas genéticos tanto do transmissor quanto do receptor, como surdez, gagueira e não-articulação fonética, entre outros. A semântica é quando a linguagem usada não é comum ao(s) receptor(es), utilizando de códigos e símbolos não conhecidos em determinado ambiente comunicacional. Por último, as barreiras psicológicas são os preconceitos e estereótipos relacionados a atitudes, crenças, valores e cultura que fazem a comunicação ser prejudicada.

Nas segundas, barreiras na comunicação organizacional, podemos dividí-las em inúmeras classes. Algumas delas são as barreiras pessoais, administrativas/burocráticas, sobrecarga de informações, as comunicações incompletas e parciais, a audição seletiva, os juízos de valor, a credibilidade da fonte, problemas de semântica, a filtragem (ou manipulação de informação), as linguagens intragrupais, as diferenças de status, a pressão de tempo e a sobrecarga de comunicação.

Outro elemento relevante são os níveis de análise de comunicação, que podem ser interpessoal, intrapessoal, organizacional (interdepartamental, interunidades e ambiental) e o tecnológico. As redes formais e informais também são outro elemento, a informal emerge das relações sociais entre as pessoas, gerando boatos e rumores, e hoje em dia utiliza também da internet como rede; já a formal procede da estrutura organizacional, tratando-se de uma comunicação administrativa. Os fluxos comunicativos, outro elemento, são o que conduzem as mais diferentes comunicações dentro de uma organização. Existem os fluxos descendente, ascendente, horizontal, o transversal (em todas as direções) e a circular (atinge todos os níveis). O último elemento do qual trataremos são os meios de comunicação nas organizações, que podem ser por meios orais, escritos, pictográficos, escrito-pictográficos e audiovisuais.

A comunicação organizacional analisa o código, o funcionamento e o processo de comunicação entre organização e seus diversos públicos. Enquanto a comunicação integrada busca a convergência das diversas áreas da organização, para permitir o melhor relacionamento entre elas, através de ações estratégicas, as quais têm por objetivo à eficácia.

A comunicação organizacional integrada permite o estabelecimento de relações confiantes entre a organização e seus públicos. Políticas globais são aplicadas para que haja uma linguagem comum para todos os setores e um comportamento homogêneo, além de evitar a sobreposição de tarefas.

Somente o planejamento estratégico da comunicação integrada é capaz de direcionar com eficácia e eficiência as atuações comunicativas das organizações.

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